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Nutrição e sistema imunológico

Ingestão de energia

Na desnutrição muito severa geralmente ocorre diminuição da atividade do sistema imunológico, com redução das células imunes e alta incidência de infecções, que podem inclusive levar a morte.
Por outro lado, o extremo oposto, a obesidade também gera distúrbios imunológicos, sendo observada maior quantidade de componentes responsáveis pelo processo inflamatório.
Alguns estudos indicam que uma restrição leve na ingestão alimentar pode melhorar as respostas do sistema imune.

Proteínas e aminoácidos

As proteínas são compostas por subunidades menores, os aminoácidos, e desempenham papel importante no sistema de defesa do organismo, pois são classificadas como nutrientes construtores.
Existem alguns aminoácidos específicos que estão mais relacionados com a função imune, entre eles a arginina e a glutamina.
A arginina tem papel importante no crescimento e na função dos linfócitos T. Além disso uma substância formada a partir da arginina, o óxido nítrico (NO), induz a ação de várias células de defesa, combatendo infecções causadas por vírus, bactérias, fungos, protozoários e vermes.
A glutamina é o aminoácido presente em maior quantidade no sangue. Desempenha papel importante, pois é serve como fonte de energia para as células do intestino delgado e para linfócitos e macrófagos, células do sistema imunológico.

Gorduras

As gorduras desempenham diversas funções no organismo, incluindo fornecimento de energia, componentes das membranas celulares e fazer parte de processos de sinalização celular.
Os principais tipos de gorduras envolvidas nos processos do sistema imunológico são os chamados ácidos graxos ômega 3 (encontrados principalmente nos peixes) e ômega 6 (encontrados principalmente em óleos vegetais).
Os ácidos graxos ômega 6 dão origem a substâncias chamadas eicosanóides, que participam das reações inflamatórias aumentando o fluxo sangüíneo no local da inflamação e agindo como sinalizadores para o recrutamento das células de defesa. Desta forma atuam estimulando as respostas do sistema imune.
Os ácidos graxos ômega 3 competem com os ômega 6 em algumas reações do organismo. Sendo assim o consumo de ômega 3 diminui as respostas do sistema imunológico. No entanto isso é vantajoso no caso das doenças alérgicas e auto-imunes, onde ocorrem respostas imunológicas exageradas ou inadequadas.

Vitamina A

A deficiência de vitamina A está relacionada ao aumento da gravidade das infecções. A vitamina A regula diversos componentes do sistema imune, tanto da imunidade natural como da imunidade adquirida.
A deficiência de vitamina A prejudica os efeitos da imunidade natural, pois afeta a produção de muco no trato respiratório, gastrintestinal e urinário. Esse mucoso serve como barreira física contra a entrada de microorganismos. Além disso ocorre diminuição no número de células da imunidade natural.
Na imunidade adquirida a deficiência de vitamina A prejudica o crescimento e a função dos linfócitos B (produtores de anticorpos)
O processo de vacinação implica na introdução de parte de um microorganismo, ou microorganismo enfraquecido ou morto, a fim de que as células de defesa que possuem memória produzam anticorpos. No entanto quando ocorre deficiência de vitamina A essa produção de anticorpos é prejudicada.
Além disso a vitamina A diminui a gravidade de doenças infecciosas como diarréia e malária.

Ferro

O ferro é um mineral necessário para praticamente todas as células vivas, pois participa de diversas reações químicas incluindo o processo de obtenção de energia e o processo de multiplicação celular.
A ação das células da imunidade natural, neutrófilos e macrófagos, diminuem quando ocorre deficiência de ferro.
A deficiência de ferro pode causar diminuição da proporção de linfócitos T no sangue. Além disso provoca a atrofia do timo, órgão que produz os linfócitos T. a multiplicação de linfócitos B também fica prejudicada nessa condição.
A sobrecarga de ferro, causada por medicamentos ou transfusões de sangue freqüentes, também pode comprometer a atividade do sistema imune. A redução da proporção de linfócitos T pode ser observada nessas situações.

Probióticos

Os probióticos são microorganismos que resistem à passagem pelo trato gastrintestinal, colonizam o intestino e trazem benefícios à saúde humana, pois impedem a proliferação de microorganismos patogênicos. Eles estão presentes em iogurtes, queijos e leites fermentados. Os tipos mais conhecidos são os lactobacilos e as bifidobactérias.
As ações dos probióticos no sistema imunológico consistem em estimular a produção de alguns fatores imunológicos e a modulação de outros.
Entre as ações de estimulação os probióticos aumentam a atividade das células da imunidade natural, aumenta a resposta dos anticorpos e estimulam a produção de anticorpos após a vacinação.
As ações moduladoras incluem a redução da produção de substâncias pró-alérgicas e o aumento da produção de substâncias antialérgicas.
O nosso organismo está permanentemente exposto a uma série de microorganismos que podem causar infecções. O sistema imunológico existe para exercer papel de proteção contra esses patógenos, no entanto uma alimentação adequada tem papel fundamental no seu funcionamento adequado.



Escrito por Andreia Sena Silva dos Santos.
Link:nutrociencia.com.br//Artigo%20-%20Nutrição_e_sistema_imunológico.doc








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