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Alergia e Emoções

Os factores psicológicos associados às doenças alérgicas não costumam ser estudados com a merecida frequência. Entre as doenças
alérgicas, a asma brônquica é uma das mais representativas  e tem sido frequentemente relacionada com  ansiedade e depressão.

A relação psicossomática entre asma e a ansiedade, deve-se à constatação de que os estados de mobilização emocional ou de estresse possam acentuar os sintomas da asma, os quais por sua vez, geram mais ansiedade, completando assim uma espécie de círculo vicioso. Isso quer dizer que a asma não é um transtorno primário da ansiedade, mas sim desencadeada e/ou agravada por ela.

Para uma medicina mais mecanicista parece, de fato, não existir uma relação significativa entre os factores alérgicos presentes na asma brônquica e as diversas variáveis psicossociais. Isso porque, numa visão mais estreita, não se encontram relações directas entre o componente alérgico sanguíneo (Imunoglobulina E - IgE) e os transtornos neuróticos. Outros estudos procuraram demonstrar que não se observam dados significativos com relação à presença de neuroses entre o grupo de asmáticos e um grupo de não asmáticos.

A relação metodologicamente constatada entre a ansiedade e a exacerbação dos fenómenos alérgicos já é antiga (Rosenbaum & Pollack, MH. Anxiety. In Hacket, TP, e Cassem NH, Handbook of General Hospital Psychiatry. Massachusets: PSG, Littleton – 1987). Estudos de psiconeuroimunologia realizados, constatam a relação existente entre as enfermidades alérgicas, especialmente as reações de anafilaxia, com os Transtornos de Pânico, e Agorafobia (Schmidt-Traub S - Das psychoimmunoligische Netzwerk von Panikstorung, Agorapohobie und allergischer Reaktion. Therapeutische Umschau, 52(2), 123-128, 1995). Outros autores constataram uma relação entre a ansiedade antecipatória e o fenômeno da anafilaxia.

Faltam ainda estudos mais completos sobre outros quadros alérgicos, como da rinite alérgica, da hipersensibilidade a medicamentos, das urticárias; todos são transtornos com alta incidência na população general. Na prática clínica do médico da especialidade pode se observar que os pacientes alérgicos apresentam, quase invariavelmente, um comportamento aparentemente ansioso, o qual chega a interferir na evolução e no tratamento da doença.

Tentando demonstrar essa realidade empírica, a Dra. Rebeca Retamales, do Hospital Universitário da Princesa, em Madrid, Espanha, publicou em 1998 um trabalho sobre tipos psicológicos de 56 pacientes alérgicos. Os aspectos valorizados foram os seguintes:

1– Os aspectos sócio-demográficos, como sexo, idade, estado civil, nível de escolaridade e ocupação.
2 - A incidência de transtornos psicológicos nesses pacientes e as categorias diagnósticas que apresentavam.
3 - A porcentagem de pacientes que receberam tratamento psico farmacológico.
4 - A presença de antecedentes psiquiátricos, pessoais e/ou familiares.
5 - Os motivos mais frequentes pelos quais os pacientes eram enviados para inte rconsulta psicológica.
6 - Caracterização da personalidade do paciente.





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