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Oito alimentos geram a maior parte das alergias

Oito alimentos são responsáveis por 90% dos casos de alergia alimentar, revela uma revisão de estudos publicada em outubro na revista "Current Opinion in Pediatrics". Leite de vaca, ovos de galinha, soja, amendoim, nozes, trigo, peixes e mariscos são os alimentos mais alergênicos.


A alergia alimentar é uma reação imunológica anormal do corpo - em geral, de pessoas suscetíveis geneticamente- às proteínas de certos alimentos. As manifestações clínicas mais comuns são ligadas ao aparelho gastrointestinal (como diarréia e dores abdominais), à pele (coceira, eczema) e ao sistema respiratório (tosse, rouquidão).


O objetivo do estudo foi atualizar o diagnóstico do problema, que vem aumentando em todo o mundo, especialmente entre as crianças. Nos EUA, nos últimos dez anos, o crescimento foi de 18%, segundo um relatório dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças divulgado no mês passado.


"Um diagnóstico incorreto pode resultar em restrições alimentares desnecessárias, que, se prolongadas, podem afetar o crescimento da criança", afirmou à Folha um dos autores do estudo, Roberto Berni Canani, professor da Universidade de Nápolis (Itália).
Segundo Canani, além de uma atenção especial aos oito alimentos, é preciso que os médicos saibam que nenhum exame é definitivo para diagnosticar ou excluir a alergia. "O principal é descobrir indícios do alimento que causa o problema e substituí-lo por outro de igual valor nutricional", diz.


No Brasil, onde estima-se que de 4% a 8% das crianças e de 2% a 8% dos adultos sejam alérgicos, os médicos também notam um aumento nos casos. Para explicá-lo, há teorias que citam desde o acesso a mais exames até a maior presença de poluentes na atmosfera e um estilo de vida mais "higienizado". "Hoje, a criança tem menos chances de tomar contato com bactérias que poderiam estimular mais os sistema de defesa", diz o pediatra e imunologista do hospital Albert Einstein, Victor Nudelman.


Diferenças entre países


Os "vilões" para alergia variam segundo o país, diz ele. "Nos EUA, o amendoim é um importante causador de alergia na infância porque eles costumam dar pasta de amendoim às crianças. Na Itália, é comum a alergia a trigo porque eles dão massa já no primeiro ano."


No Brasil, o leite de vaca lidera as alergias alimentares no primeiro ano, afetando de 4% a 5% das crianças, seguido pela soja, a clara de ovo e o milho.


Ele diz que o diagnóstico é basicamente clínico. "Pode ser uma criança que vomita muito, que tem diarréia ou eczema com freqüência." Quando ela não ganha peso adequado no primeiro ano, tem constipação ou muita cólica, deve-se investigar se há alergia a leite.


Também é comum as pessoas confundirem alergia ao leite com intolerância à lactose. Mas a intolerância não é uma reação imunológica: ela ocorre em razão da ausência de uma enzima no intestino que quebra o açúcar do leite (lactose).
Os sintomas são parecidos e podem afetar os sistemas digestivo e respiratório e a pele, mas os tratamentos são distintos. Por exemplo: é permitida a ingestão de pequenas quantidades de leite nos casos de intolerância. Já alérgicos ao produto não devem consumi-lo.


A boa notícia é que 95% dos casos de alergia a leite somem quando a criança atinge dois ou três anos, diz o gastropediatra Mauro de Morais, da Universidade Federal de São Paulo, provavelmente devido ao amadurecimento do sistema gastrointestinal.


Ele diz ainda que houve uma mudança do perfil da alergia. "Antes, eram comuns quadros de diarréia. Hoje aparecem muito mais crianças com colite alérgica, sangue nas fezes. Mas também não se sabe o porquê."

Fonte: Blog da Alergia - http://blogdalergia.blogspot.com/






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