No dia 5 maio é comemorado o Dia Mundial da Asma, com objetivo de chamar a atenção e melhorar o atendimento dessa doença em todo o mundo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 235 milhões de pessoas sofrem de asma em todo o mundo.
No Brasil calcula-se em torno de 10% da população, afetando crianças e adultos. Trata-se de uma doença que pode ser controlada e permitir uma vida normal. Mas, quando não é controlada adequadamente, pode gerar sofrimento e custos.
A asma se manifesta por crises de falta de ar, cansaço, chiados no peito e tosse. A predisposição genética está envolvida no desenvolvimento da asma, mas associada à ação de inúmeros fatores ambientais, que variam em cada pessoa.
A asma é uma doença crônica que não tem cura, mas pode ser controlada e permitir uma qualidade de vida normal. Este objetivo é alcançado através do uso de medicamentos ? em geral inalados ? para tratar crises e para controle a longo prazo. Mas, é preciso também controlar fatores desencadeantes de sintomas, que variam em cada pessoa. O tratamento da alergia através da imunoterapia (vacina para alergia) é um complemente fundamental para atingir os objetivos.
Tratar asma não se resume ao uso de remédios. A participação do paciente ou de seus cuidadores e familiares, é fundamental. Reconhecer os ?gatilhos? de crises, bem como evitá-los no seu ambiente, contribuirão para o bom resultado.
A Iniciativa Global para a Asma (GINA) sugere 5 passos para controlar sua asma e viver melhor:
1. Ter uma orientação de tratamento por escrito, incluindo os nomes dos remédios .
2. É importante definir quais são os fatores desencadeantes de crises (que variam em cada pessoa) e saber como controlá-los.
3. Usar as medicações da forma orientada por seu médico. Conheça quais são os medicamentos de ação aliviadora, para uso nas crises, bem como quais são os medicamentos controladores, para uso contínuo, todos os dias, mesmo que esteja se sentindo bem. Estes remédios são destinados a controlar a inflamação das vias respiratórias.
4. Reconhecer os sintomas iniciais das crises de asma, como: tosse insistente, sensação de peito preso e respiração incompleta, chiados, falta de ar, dificuldade para respirar. É importante observar o sono: despertar durante a noite com sintomas é um importante sinal de que a asma não está bem.
5. A medida do sopro (Peak Flow ou medida do pico de fluxo expiratório) é uma forma de reconhecer o grau da crise de asma. É importante saber o que fazer na crise, que medidas deve tomar, mesmo nos sintomas mais leves, antes que se agrave. Mas, se a crise piorar, mantenha a calma, inicie a medicação recomendada por seu médico. Se não melhorar, procure um local de pronto atendimento médico. Em suma, objetivo deve ser tratar antes que a doença se agrave. Com isso, é possível evitar crises, internações, custos e sofrimento. Médicos e pacientes devem estar envolvidos nestas necessidades.
A relação entre médico e paciente, envolvendo também cuidadores e familiares, de forma próxima e aberta, será a garantia para a adesão e para o sucesso do tratamento indicado.
Conviver com a asma é, acima de tudo, uma questão de disciplina para cuidar de si e do ambiente em que se vive.