DISIDROSE
Sinônimos:
eczema ou dermatite disidrótica.
O que é?
Disidrose é uma erupção com bolhas pequenas (vesiculante) de pés e mãos (mais nas palmas das mãos e plantas dos pés) de caráter agudo, crônico ou recidivante.
Como se desenvolve?
Afeta ambos os sexos, com maior incidência entre os 20 e 40 anos de idade, com freqüente associação ao estresse emocional ou sudorese aumentada nas mãos e pés, principalmente nos meses de verão.
Em geral, na disidrose verdadeira, a causa é desconhecida. Às vezes existe uma erupção disidrosiforme onde se detecta claramente a causa: por dermatite de contato ou atópica, reações medicamentosas e mícide disidrosiforme (reação imunológica à distância de uma micose).
O que se sente?
Clinicamente observam-se bolhas pequenas (vesículas) claras, profundas, com uma área avermelhada de base, nas palmas das mãos e nas partes laterais dos dedos em 80% dos casos. Outros 10% têm envolvimento também na planta dos pés. Apenas 10% têm só envolvimento plantar.
Os surtos de lesões são de aparecimento abrupto, com sensações de calor e coceira, às vezes precedendo os ataques. Posteriormente pode haver descamação, secura e crostas. As unhas podem tornar-se distróficas (alteradas clinicamente). As lesões podem se dolorosas se houver infecção ou rachadura nos locais atingidos.
Como se faz o diagnóstico?
Como, em geral, é uma doença de causa desconhecida, torna-se necessário um diagnóstico bem detalhado para tentar detectar a causa ou os desencadeantes do processo. É feita uma história detalhada (de relações com os surtos), exame das lesões e exames complementares, se necessário. Se a causa for detectada, eliminá-la, se possível.
Como se trata?
A maioria das crises tem resolução espontânea no período de uma a três semanas. O intervalo entre os surtos pode ser de semanas a meses. Entretanto, como a disidrose pode ser sintomática, algumas medidas tais como alívio destes sintomas e proteção local, podem ser necessárias, além da medicação tópica (na lesão) mais adequada, dependendo se o quadro for agudo (com lesões úmidas) ou crônico (com lesões secas).
Casos raros mais graves exigem tratamento por via oral. O paciente deve ser orientado se a doença é agravada por estresse ou sudorese abundante.
Como se previne?
Principalmente tentando detectar os fatores precipitantes dos surtos.
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