Remédios costumam agir em locais diferentes do nosso corpo, onde encontram os receptores apropriados e, desta forma, ativam alguma função dentro das células. Uma associação utilizada freqüentemente para explicar como é este encontro diz respeito à ação de uma chave que entra de forma adequada em uma determinada fechadura. As células têm várias pequenas fechaduras em sua superfície (os receptores). Quando uma chave, ou seja, uma medicação, se encaixa perfeitamente, a célula realiza a atividade relacionada a ela (por exemplo, liberar ou bloquear um processo alérgico).
Ocorre que, às vezes, receptores semelhantes estão em locais totalmente diferentes e podem ser acionados simultaneamente e terem efeitos em áreas distantes no nosso corpo (por exemplo: um remédio funciona como antialérgico na pele e, ao mesmo tempo, distante dali, pode diminuir a sensação de vômito). Por outro lado, ao tomarmos um remédio para um determinado tratamento, comumente não desejamos os outros efeitos (que chamamos de efeitos colaterais).
Antialérgicos mais antigos, chamados de sedantes, por terem uma peculiar estrutura química, facilmente inundam o cérebro e acabam por se ligar a receptores que dão sono, ao mesmo tempo em que se ligam às pequenas fechaduras das células da pele ou das mucosas respiratórias. Neste caso, a preferência de prescrição do remédio pelos médicos, via de regra, é dada para os antialérgicos mais recentes, chamados de não sedantes, pois chegam em pequena quantidade ao cérebro, estimulando menos efeitos colaterais como sono ou aumento de apetite.
Fonte: tratandoalergia.com.br