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Intolerância alimentar atinge 40% da população brasileira

Apreciar a
boa gastronomia está na essência do ser humano. É um prazer e, ao mesmo tempo,
uma necessidade fisiológica. Mas como agir quando esse prazer é limitado pela
intolerância e tem consequências indesejáveis, que vão desde o leve mal-estar,
à dor no abdome e à diarreia?



O médico
especialista em genética do DLE, Claudio Schmidt, explica que "a
intolerância alimentar propriamente dita se refere a um processo de reação do
organismo contra determinado alimento, relacionado aos anticorpos do tipo IgG,
gerando uma reação mais tardia do que a alergia".



A doença
atinge mais de 40% da população brasileira e está ligada a anticorpos chamados
IgG, em que ocorre uma reação imunológica contra determinadas proteínas
presentes nos alimentos, causando sintomas de dores abdominais, constipação,
diarreia, enxaqueca, entre outros.



?Os
principais sinais relacionados à intolerância alimentar são dores abdominais
recorrentes, flatulência, diarreia e constipação?, diz o especialista. ?Pode
ser difícil descobrir quais são exatamente os alimentos  responsáveis pela intolerância, uma vez que
os sintomas podem surgir após alguns dias da exposição. Além disso, é muito
comum confundir com alergia e intoxicação, uma vez que os sintomas são bem
parecidos. A intolerância alimentar pode atingir todas as faixas etárias, ambos
os sexos e pode estar relacionada a diversos tipos de alimentos?, complementa.



Diferenças entre alergia e intolerância
alimentar



Frequentemente
confundida com a intolerância, a alergia alimentar tem características
particulares. Por isso, é importante esclarecer as diferenças entre ambas.



?Segundo a
literatura médica, as alergias mais frequentes estão relacionadas ao leite de
vaca, ao ovo de galinha, ao amendoim e aos crustáceos (camarão).



A frequência
pode variar de acordo com fatores culturais que influenciam a dieta. Além
disso, é extremamente prevalente a alergia a corantes e outros produtos
químicos utilizados em produtos industrializados?, alerta Schmidt.



O médico
aponta ainda que a alergia alimentar normalmente é associada a sintomas mais
agudos como aparecimento de placas avermelhadas na pele e sintomas
respiratórios, podendo, em formas mais graves, levar ao choque anafilático ou
edema de glote, que podem chegar a ser fatais.



?As
intolerâncias alimentares não têm cura, sendo necessário determinar a
quantidade do alimento que o paciente tolera. Há casos em que o doente não deve
mais consumir o alimento, enquanto em outros basta uma redução do consumo?,
salienta o geneticista.



Podem ser
feitos os testes para dosagem dos anticorpos específicos por meio dos testes
para vários alimentos.



Alimentos investigados



Ovos: Ovo de
galinha.



Peixes,
Crustáceos e Frutos do Mar:  Bacalhau,
Caranguejo, Hadoque, Lagosta, Mexilhão, 
Linguado,  Salmão, Camarão, Truta,
Atum.



Frutas:
Maçã, Groselha Preta, Azeitonas, Limão, Melão, Laranja, Grapefruit, Morango,
Tomate, Melancia.



Grãos:
Cevada, Trigo, Milho, Trigo duro, Glúten, Aveia, Arroz, Centeio.



Ervas e
Especiarias: Gengibre.



Leite: Leite
de vaca.



Carnes:
Carne de Boi, Vaca, Frango, Cordeiro, Porco, Peru.



Nozes e
Castanhas: Amêndoa, Castanha do Pará, Castanha de Caju, Amendoim, Noz.



Vegetais:
Brócolis, Couve, Repolho, Cenoura, Alho, Alho Porró, Batatas, Aipo, Lentilha,
Ervilha, Feijão,  Pimentões,  Soja.



Outros:
Levedura (pão), Levedura (Cerveja), Mel, Cogumelos, Cacau, Café, Noz de Cola,
Gergelim, Girassol.

Fonte: UOL





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