Baixa imunidade tem, em medicina, diversos significados. Logo, muitas situações diferentes podem se encaixar nesse contexto. Vamos analisar inicialmente a imunidade das crianças que acabam de nascer. Nestes primeiros meses de vida, as crianças são consideradas imunoincompetentes, ou seja, apresentam uma imunidade mais baixa do que a população geral, sem que isto não seja considerado patológico. É normal para a faixa etária, assim como acontece na terceira idade. Não confundir com imunodeficiência, termo que implica em uma doença do sistema de defesa.
No início da vida, estímulos alimentares (como o leite de vaca) têm mais facilidade de penetrar a barreira do intestino, cair no sangue e produzir doença em pessoas que nasceram com a predisposição genética para alergia. A parte respiratória pode também ser envolvida neste quadro.
Por outro lado, o próprio estímulo de partículas do meio ambiente, principalmente bactérias de fezes de animais, pode contribuir para manter nosso corpo em alerta, desde cedo e isto parece ser saudável. Quem não tem este estímulo nos primeiros anos de vida (fato comum nas grandes cidades de países ricos) poderia, segundo algumas teorias recentes, ter uma imunidade ligeiramente mais baixa e, por isso mesmo, ter mais crises alérgicas. Outro motivo: as situações do cotidiano, que causam um excessivo desgaste e desequilibram o setor imunológico.
A alergia está intimamente relacionada a esta parte de nosso organismo. Crianças que presenciam uma separação tumultuada dos pais, por exemplo, podem manifestar mais sintomas de asma ("bronquite"), sinusite e piora da rinite alérgica. Infecções podem ocorrer e, no caso citado, quando tudo se normaliza (mesmo que com pais em casas separadas) o organismo se reequilibra.
Muitos pesquisadores acreditam que a própria alergia sem controle possa comprometer a nossa imunidade. Afinal, imaginem o grau de stress resultante de uma crise respiratória grave que acontece quando a residência do paciente passa por um processo de pintura.
Variadas doenças podem comprometer, indiretamente, nossas defesas. A produção de secreção pelas mucosas, por exemplo, é um processo contínuo e faz parte da primeira linha de contato com as partículas que se depositam na via respiratória. Se uma falha genética impedir a liberação de uma secreção adequada, ou seja, um líquido muito espesso, o crescimento das bactérias será facilitado, haverá lesão na mucosa e penetração exagerada de estímulos alérgicos.
Por último, vale citar as doenças que afetam o setor imunológico. Doenças deste próprio sistema, como a deficiência de um anticorpo da classe A (imunoglobulina A ou IgA), a mais comum das deficiências imunológicas, diminuem a eficiência no bloqueio de substâncias pela mucosa, que se torna mais vulnerável. Então, mais sintomas respiratórios ocorrerão, inclusive alérgicos.
Fonte: www.tratandoalergia.com.br