O cloro não é um alérgeno, mas atua como irritante das mucosas (respiratória e ocular), podendo desencadear crises de asma, rinite, conjuntivite alérgica e piorar alergias na pele. Não é comprovado um mecanismo alérgico (imunológico) envolvido no processo.
Em piscinas tratadas com cloro, os gases cloraminas (substâncias tóxicas resultantes da reação do cloro com impurezas da água) podem em algumas pessoas irritar a mucosa das vias respiratórias. Olhos vermelhos, nariz irritado, espirros e tosse não são queixas raras entre nadadores. A cloração de piscinas também pode provocar irritação cutânea e coceira. O cloro em concentração exagerada funciona como irritante da pele. Os vapores do cloro flutuantes na superfície da água desencadeiam um ressecamento intenso. Crianças com dermatite atópica (alergia na pele) apresentam distúrbios na barreira cutânea e possuem uma pele mais ressecada e podem piorar a doença pelo cloro.
Não se pode negar o valor da atividade física, em especial da natação para os portadores de asma (ou bronquite) contribuindo para melhorar a sua sociabilidade, fortalecer a musculatura respiratória, aprimorar a motricidade, reflexos cardiovasculares, entre outros benefícios. Mas natação não é um remédio ou um tratamento para asma. É importante que a doença seja controlada para permitir a prática esportiva plena.
Mireia Belmonte, é uma das melhores nadadoras espanholas e serve como exemplo de dedicação e superação, comprovando que asmáticos podem praticar atividades físicas e até mesmo se tornarem campeões olímpicos, desde que tenham sua alergia adequadamente controlada.
Fonte: www.sbai.org.br