Alérgicos ao ovo têm risco e devem ter alguns cuidados ao se vacinarem contra a Febre Amarela, alerta a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Por ser cultivada em ovos embrionados de galinha, a vacina contém grande quantidade de proteínas do ovo. Sendo assim, pacientes com história de alergia ao alimento, podem ter reações.
A Febre Amarela é uma doença viral aguda febril, transmitida por mosquitos hematófagos da família Culicidae e do Gênero Aedes e Haemagogus. Os sintomas são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.
A vacina que previne a Febre Amarela está indicada para as pessoas com idade entre 9 meses e 59 anos. Atualmente, a recomendação é receber apenas uma dose. Logo, as pessoas que já foram vacinadas anteriormente não precisam receber doses de reforço.
Pessoas que moram em áreas endêmicas, consideradas de risco para a febre amarela, segundo o Ministério da Saúde, devem receber a vacina. A indicação serve também para aqueles que irão se deslocar para estas áreas no Brasil ou viajar para países de risco para febre
A Dra. Ana Karolina B.B. Marinho, Coordenadora de Imunizações da ASBAI, explica que existem duas situações:
1- Pessoas com história de reações alérgicas leves a moderadas, após ingerirem ovo (apenas urticária, por exemplo), podem receber a vacina sob supervisão médica e devem ficar em observação por 30 minutos após a vacinação.
2- Pessoas com história de reações alérgicas graves após a ingestão de ovo, como a anafilaxia, por exemplo, têm contraindicação para receber a vacina. "Porém, se o risco de exposição à Febre Amarela for muito grande, o paciente deve ser encaminhado ao especialista para realização de testes cutâneos com a vacina. Se o resultado do teste for negativo, pode-se administrar a vacina sob supervisão médica e com período de observação de 30 minutos. Se o teste for positivo, deve-se discutir com o alergista o fracionamento das doses ou a dessensibilização em ambiente que ofereça a possibilidade de manejo adequado em caso de possível anafilaxia pós-vacinal", explica a Dra. Ana Karolina.
Fonte: http://www.asbai.org.br/secao.asp?s=81&id=1182