A imunoterapia alérgeno-específica, tem como característica modular a resposta imunológica, sendo capaz de modificar a história natural da doença atópica.
A Academia Européia de Alergia e Imunologia Clínica, recomenda a imunoterapia como estratégia de prevenção primária e secundária. Por exemplo, estudos bem delineados mostram que a utilização de imunoterapia alérgeno-específica em pacientes com rinite alérgica seria estratégia capaz de prevenir o aparecimento de Asma no futuro.
Estudo caso-controle comparou crianças nascidas de mães que utilizaram imunoterapia por pelo menos nove meses antes do parto com um grupo controle.
A doença alérgica foi significativamente menor nas crianças cujas mães alérgicas receberam tratamento com vacinas.
Outros estudos seguiram crianças até dois anos de idade, e observaram prevenção primária de alergia, após imunoterapia específica para inalantes, poeira, ácaros e pólens, durante a gestação, as quais desenvolveram anticorpos IgG específicos para os respectivos alérgenos, protegendo seus futuros filhos de sensibilização IgE específica .
Por isso a imunoterapia na grávida com sintomas de rinite, asma poderá representar num futuro próximo, uma estratégia de prevenção primária de doenças alérgicas às crianças de risco.
Fonte: Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia volume2 Abril/Junho/2018