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Imunoterapia em Candidíases Vaginais de Repetição

A mucosa vaginal humana é formada por um epitélio estratificado e uma lâmina basal rica em macrófagos, linfócitos , plasmócitos, eosinófilos mastócitos e células de Langerhan’s . Entre o lúmen vaginal e a lâmina basal, um sistema de canais intercelulares permite que uma resposta imunológica localizada possa ocorrer através da migração dessas células e também de IgG  e IgA, presente em grande quantidade na sua forma secretória .

A célula de Langerhan’s expressa em sua superfície receptores para a porção Fc de IgG e C3, assim como antígenos classe II do complexo  Principal de Histocompatibilidade (HLA-DR) , permitindo então a apresentação do antígeno ao linfócito T  e o início de uma resposta imune específica .

Anticorpos do tipo IgE contra Cândida albicans , Sêmen, geléias anti-concepcionais, látex etc, foram identificados na vagina de mulheres com candidíase vaginal recorrente. Muitas vezes, a elevação era acompanhada de um aumento de eosinófilos e PGE2, causado pela liberação da histamina . A PGE2, é um imunossupressor da função do linfócito T, responsável pela proteção da vagina contra fungos .

Dessa forma a candidíase recorrente pode ser a forma mais evidente de um “ status” alérgico ao nível da mucosa vaginal , e os antígenos implicados variam desde sêmen e inalantes a drogas ou alimentos ingeridos pela paciente e até pelos seus parceiros .

Estudos epidemiológicos mostram que a candidíase vaginal de repetição acomete 5 em cada 100 mulheres e é mais freqüente na faixa dos 30 anos de idade, em pacientes com vida sexual ativa, nulíparas ou com poucos filhos, com nível educacional elevado e que têm hábitos exagerados de higiene  vulvovaginal . Setenta por cento dessas pacientes são portadoras de rinite alérgica e relatam história familiar de alergia.

A candidíase vaginal de repetição (pelo menos 4 episódios documentados em 1 ano) em mulheres sadias é um problema bastante comum na prática médica . Essa patologia recorrente não costuma responder bem aos antifúngicos  locais e sistêmicos , acabando por frustar médicos e pacientes .  A possibilidade de uma hipersensibilidade local à cândida albicans fez com que  ginecologistas  encaminhassem suas pacientes quanto ao uso de imunoterapia.

Em 1971, Kudelko relatou 70 casos de tratamento imunoterápico para candidíase vaginal de repetição. Em 1976 , Palacios relatou 17 casos ; em 1979, Rosedale relatou 10 casos , e Rigg em 1990 , 18 casos e finalmente em 1.996 Moraes relatou 42 .

A eficácia média foi de 80% em todos esses trabalhos , o que nos faz pensar na imunoterapia específica com cândida albicans , como um importante aliado para médicos e pacientes no controle e no tratamento  dessa patologia .





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