O que é?
Micoses superficiais são doenças provocadas por fungos, os quais são limitados à pele, aos pêlos, as unhas e às mucosas.
Como se desenvolve?
Os organismos causadores podem ser de origem humana, animal ou do solo. Os fungos contaminantes patogênicos são comuns em nosso ambiente, embora a incidência seja pequena, devido à resistência do hospedeiro. Comumente, as infecções fúngicas são, em algum grau, contagiosas.
O que se sente?
Em geral, as lesões são pruriginosas (dão coceira). Conforme a sua localização, podemos classificar as tinhas em:
> Tinha de couro cabeludo: Muito freqüente em crianças pré-escolares e escolares. Apresenta-se como uma placa de cabelos picotados, com descamação no centro ou com reação inflamatória. Quando apresenta muitos abscessos ou pus, forma o quadro denominado de Kerion celsii, podendo até deixar cicatriz.
> Tinha de barba (barbae)
Muito freqüente em crianças pré-escolares e escolares. Apresenta-se como uma placa de cabelos picotados, com descamação no centro ou com reação inflamatória.
Quando apresenta muitos abscessos ou pus, forma o quadro denominado de Kerion celsii, podendo até deixar cicatriz.
> Tinha do corpo (corporis)
Ocorre na área da barba. Pode ter aspecto inflamatório, semelhante à infecção ou apresentar uma lesão com bordas bem delimitadas, com microvesículas e um centro descamativo, com crescimento pelas bordas, como é típico de todas lesões de tinhas.
> Tinha de mão (manuum)
Pode aparecer em qualquer área do corpo, em geral com aspecto bem característico, e crescimento pelas bordas, com microvesículas, avermelhada.
> Tinha de pé
Nome popular: "frieira" ou "pé de atleta" - é a micose mais comum. Pode se manifestar no meio dos dedos com fissuras ou na planta dos pés, também com aspecto descamativo ou com vesículas (pequenas bolhas) similares à disidrose.
> Tinha crural (cruris)
É a tinha localizada entre as coxas, podendo se alastrar para área genital. E mais comum em homens e no verão (pelo aumento da temperatura local e umidade).
> Tinha da unha
Como o médico faz o diagnóstico?
O aspecto clínico das lesões é muito sugestivo para o diagnóstico. Mas para confirmação laboratorial do agente causal o exame micológico direto e cultural (com raspado de material da lesão) é indicado. Para uso de medicações por via oral e em casos onde a clínica pode ser confundida com outras doenças, o exame micológico pode ser fundamental para diagnóstico e controle de cura.
Como se trata?
Na maioria das lesões localizadas, o tratamento tópico (no local) é suficiente para a cura. Nas lesões mais extensas ou recidivantes, muitas vezes é necessário um tratamento com antifúngicos por via oral para melhor abordagem terapêutica, mas sempre com controle clínico e laboratorial.
Como se previne?
Como em geral, em algum grau são infecções contagiosas, evitar o contato com as lesões. Existe uma predisposição pessoal para manifestação do quadro, mas fatores desencadeantes como umidade local, doenças como diabete (imunodebilitantes) devem ser controladas.