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Cuidados básicos contra a amigdalite

Apesar de as infecções não respeitarem o calendário, na maior parte do ano, não nos preocupamos com os problemas de garganta, principalmente com as amigdalites. Delas só lembramos quando começam a incomodar, sobretudo nos meses mais frios. De acordo com o otorrinolaringologista Marcos Mocelin, as amígdalas são órgãos sensíveis, muito susceptíveis a infecções. “A doença se manifesta, invariavelmente, por meio de febre, dor de garganta, dificuldade de deglutição e mal-estar em geral”, observa, salientando que, no inverno, o organismo está mais exposto às agressões do meio ambiente e as condições de desenvolvimento dos vírus são mais favoráveis, logo as probabilidades de contrair a doença são potencializadas.

Muitas vezes, as pessoas associam a amigdalite (inflamação das amígdalas) a uma doença predominantemente infantil, no entanto, as infecções também podem afetar adultos. A orientação do especialista é para que sejam evitadas grandes variações de temperatura e ambientes fechados. Além disso, é importante manter a criança sempre bem hidratada e alimentada. “Crianças que freqüentam creches estão sujeitas com mais assiduidade às infecções, por isso merecem uma atenção especial”, argumenta Mocelin.

Sem generalização

A causa das amigdalites pode ser tanto viral quanto bacteriana. As bacterianas são as que adquirem proporções mais graves e necessitam tratamento mais cuidadoso, com o uso de medicamentos antibióticos. São diagnosticadas com facilidade por apresentar pontos brancos ou pus, como são chamados popularmente. Para os casos de amigdalites virais, os antibióticos não fazem efeito. Os médicos recomendam apenas o uso de analgésicos e antipiréticos para alívio dos sintomas

Marcos Mocelin adverte, no entanto, que a amigdalite, quando não tratada, pode ocasionar algumas outras complicações, como febre reumática e problemas de audição. De acordo com o médico, nos casos mais graves e sob indicações precisas pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para extrair as amígdalas. Nas crianças, conforme o especialista, a cirurgia é mais indicada quando elas apresentam apnéia do sono ou respiração bucal - distúrbio que traz importantes conseqüências, entre elas deformações na arcada dentária e problemas respiratórios.

A extração das amígdalas também é indicada para crianças que sofrem de repetidas infecções, confirma Mocelin, salientando, no entanto, que é preciso evitar a generalização de tais procedimentos cirúrgicos. O otorrinolaringologista só recomenda a cirurgia nos casos em que o número de infecções ultrapassa a cinco ocorrências no ano, desde que comprovada a inflamação bacteriana. Em todos os casos, os médicos são unânimes em reprovar a automedicação, situação que pode trazer um aumento na resistência das bactérias aos antibióticos, deixando a doença mais difícil de ser tratada.

Tratamento e prevenção

Prevenir a amigdalite é difícil, principalmente no que diz respeito às crianças, que ficam bastante próximas por muito tempo, o que facilita a transmissão de vírus e bactérias e a conseqüente contaminação. A amigdalite viral costuma desaparecer naturalmente, sem a necessidade do uso de antibióticos. Mas é importante procurar um médico para se certificar qual é o tipo de infecção e se há a necessidade de um tratamento à base de antibióticos, pois a infecção bacteriana não tratada pode evoluir para febre reumática.

O tratamento com antibióticos dura, em média, dez dias e não se deve deixar passar em branco nenhuma dose. Mas também é preciso atenção, pois o uso indevido de antibióticos pode fazer com que o organismo fique mais resistente aos seus efeitos. No caso de amigdalite viral, não é necessário o uso desta medicação.

Para fugir da doença

A amigdalite é muito freqüente, podendo criar na garganta abcessos que, em determinados casos, necessitam de intervenção cirúrgica como último recurso.

  Beber líquidos, chás e sopa mornos.

  Fazer infusões de limão e mel (o mel suaviza e o limão ajuda a reduzir o muco)

   Fazer gargarejos com água morna e sal (sem engolir)
   Umidificar o ar a fim de diminuir a irritação e ajudar a dormir melhor

  Evitar o tabaco

  Poupar a voz (falar aumenta a irritação e pode conduzir a uma perda de voz temporária)

Sintomas

Os sintomas da doença podem variar bastante dependendo da causa da infecção, entre os mais comuns estão:

   Dor de garganta

   Febre alta

   Dor de cabeça e mal-estar geral

  Diminuição do apetite

   Náuseas e vômitos

   Dor de cabeça e pescoço

   Gânglios no pescoço

  Presença de pus

Fonte:http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/297969/?noticia=CUIDADOS+BASICOS+CONTRA+A+AMIGDALITE





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